Podemos ser cristãos e acreditar em astrologia?

A Bíblia reprova toda prática divinatória como a astrologia, adivinhação, agouro, cartomancia, tarot, necromancia e todo tipo de ocultismo, feitiçaria ou bruxaria (Deuteronômio 18:9-14; Isaías 8:19; Levítico 19:31; 20:6, 27; 2 Reis 21:6; Ezequiel 13:18; Malaquias 3:5). 


Deus é o criador da vida e do universo. Todos os astros foram criados por Ele: “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (Isaías 40:26; cf. Gênesis 1:1, 2, 14-18).

A Bíblia ensina que somente Deus pode anunciar as coisas do futuro, pois somente Ele é conhecedor de todas as coisas: “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46:9, 10).

Deus é criador, sábio e forte em poder. Ele é Todo-poderoso (onipotente), conhecedor de todas as coisas (onisciente) e eterno (onipresente). O ser humano é criatura, finito e incapaz de prever o futuro. Deus declara que Ele é o único capaz de anunciar coisas que ainda não aconteceram. Por essa perspectiva Jó é levado a questionar:
“Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a terra? Podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam e te digam: Eis-nos aqui? Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens? Ou quem deu entendimento ao meteoro? (Jó 38:31-36).
A resposta a estas indagações é obvia. Deus estabeleceu leis que governam o universo e que são mantidas pelo Seu poder.


Deus proíbe Seus filhos praticarem ou consultarem qualquer atividade ocultista, de magia, adivinhação, consulta aos mortos ou astrologia (veja Deuteronômio 18:9-14; Isaías 8:19; Levítico 19:31; 20:6, 27; 2 Reis 21:6; Ezequiel 13:18; Malaquias 3:5).

Deus criou as estrelas e a Bíblia fala sobre os homens que dedicam suas vidas a estudar os movimentos dos corpos celestes, os chamados astrônomos ou estudiosos da astronomia. A astronomia é uma ciência antiga e respeitada. Através do estudo dos corpos celestes é possível compreender mais sobre a grandiosidade de Deus que tudo criou com tamanha perfeição. Um exemplo bíblico de pessoas que estudavam os astros está registrado na história dos sábios do oriente que descobriram uma estrela diferente no céu. Então eles se voltaram para as Escrituras hebraicas, à uma antiga profecia que falava sobre a estrela de Jacó, que indicava o nascimento do Rei dos Judeus (ver Números 24:17).

“Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo” (Mateus 2:1, 2).

A Bíblia não proíbe a prática de estudos científicos no ramo da astronomia. Ao contrário disso, somos encorajados a olhar para o “alto” e contemplar as belezas que Deus criou no espaço (ver Isaías 40:26). O que Deus proíbe é a prática de adivinhação e predição do futuro. A astrologia é uma pseudo-ciência (ciência falsa) apoiada por religiões ligadas à feitiçaria que estabelecem uma relação entre os astros e os acontecimentos terrestres e na vida das pessoas. Uma das ideias base da astrologia, talvez seu pilar fundamental, é a de que “os eventos na Terra estão relacionados aos movimentos dos planetas no céu; ou de forma explicita, que o posicionamento dos astros no momento do nascimento de uma pessoa determinam não apenas o seu caráter mas também seu destino.”¹  Tais ideias são totalmente contrárias à Bíblia. Não se pode estabelecer nenhuma relação entre os posicionamentos dos astros e a personalidade de um indivíduo, nem predizer o seu destino.

A Bíblia reprova toda prática divinatória (astrologia, adivinhação, agouro, cartomancia, tarot, necromancia e todo tipo de ocultismo, feitiçaria ou bruxaria).

“Deixa-te estar com os teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que te hás fatigado desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura podes inspirar terror. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e te salvem os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas prognosticam o que há de vir sobre ti. Eis que são como restolho; o fogo os queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; pois não é um braseiro com que se aquentar, nem fogo para se sentar junto dele” (Isaías 47:12-14).

A Bíblia fala da existência de astrólogos em Babilônia. Lá eles eram considerados videntes ou adivinhadores que supostamente faziam suas profecias baseados na posição dos astros, lançando sortes boas ou más. A única diferença deles para os feiticeiros era que eles não lançavam encantamentos.

Os astrólogos e os feiticeiros eram como que sacerdotes, conjuntamente, que oficializavam a religião politeísta dominante e suas forças sobrenaturais. Os feiticeiros temiam a sabedoria dos astrólogos e os astrólogos temiam os encantamentos dos feiticeiros, mas em conjunto, conseguiam normalmente seus objetivos. Entretanto, diante de um pesadelo intrigante que o rei Nabucodonosor tivera, foi demandado dos sábios, adivinhadores e astrólogos do reino que lhe contassem o conteúdo do sonho e o seu significado. Não houve quem pudesse atender o pedido do monarca. Então ele expediu um decreto de morte contra todos os sábios, adivinhos e astrólogos de Babilônia. Daniel, um jovem fiel a Deus e guardador de Seus mandamentos, quando soube, pediu uma entrevista com o rei e solicitou tempo para poder orar e consultar o Deus criador. Em resposta à sua oração, Deus revelou o sonho e a sua interpretação. Daniel disse a Nabucodonosor: “O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias” (Daniel 2:27, 28).

Portanto, a astrologia é uma prática que Deus não aprova, pois somente o Criador pode revelar e predizer coisas que ainda não sucederam. O cristão fiel não se envolve com nenhuma ciência oculta, nem com a astrologia. A nossa confiança deve ser colocada em Deus e em Sua Palavra – a Bíblia Sagrada.

“Eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Isaías 46:9, 10).

Aqueles que confiarem em Deus e depositarem sua fé na provisão do evangelho, herdarão a vida eterna; os que rejeitarem a salvação sofrerão a condenação do juízo final.

“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes no sangue do Cordeiro para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22:14, 15).
Equipe Biblia.com.br
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¹ https://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia


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